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Outro aspecto inédito do estudo é a apresentação de uma teoria formulada por Nima Spigolon, batizada por ela de Pedagogia da Convivência, que foi referendada pela banca examinadora. Esta, de acordo com a educadora, teria fundado as bases para o método desenvolvido por Paulo Freire. Conforme a autora da dissertação, “conseguimos encontrar na formação intelectual e na atuação profissional de Elza informações que permitiram a identificação da educadora e de sua prática político-pedagógica, as quais se imbricaram ao pensamento freireano, marcado a partir do casamento. Isso denota que ao se estabelecer a pedagogia da convivência entre Elza e Paulo Freire, dá-se a consolidação das experiências com educação de adultos, o que nos remete à gênese dessa educação no Brasil”.
O período considerado na dissertação vai de 1916, ano de nascimento de Elza, a 1965, data em que ela se submete a exílio voluntário ao lado do marido. “Pretendo dar continuidade ao estudo em torno da vida e obra de Elza, abordando as fases em que ela permaneceu no exterior e de seu retorno ao Brasil. Para tanto, pretendo ampliar a discussão e a divulgação das fontes de pesquisa, de modo a promover uma profunda reflexão sobre o legado que ela deixou para a educação brasileira. Elza é o meu projeto de vida no âmbito acadêmico”, adianta Nima Spigolon. Embora o trabalho de mestrado não tenha esmiuçado a questão da importância de Elza Freire para a educação nacional, a autora acredita que, a partir dele, é possível apontar contribuições da educadora para esta área, bem como fomentar o interesse de outros pesquisadores.
Elza Freire nasceu em junho de 1916, em Recife, capital de Pernambuco. De acordo com Nima Spigolon, ela teve uma formação bastante sólida. Após o ensino básico, completado em sua cidade natal, transferiu seus estudos para Olinda, matriculando-se na Academia Santa Gertrudes, escola confessional. Novamente em Recife, cursou a Escola Normal, tornando-se professora em 1935. Em seguida, buscando o aprimoramento profissional, inscreveu-se no Instituto Pedagógico, passando de aluna a professora. Aprovada em concurso público para a rede estadual, em 1943 exerceu o cargo de professora e diretora de escola, até licenciar-se sem remuneração para acompanhar Paulo Freire, com quem se casou na primavera de 1944, e os filhos no exílio voluntário. “Elza frequentou escolas de excelência”, explica a pesquisadora, acrescentando que ao longo da sua formação a educadora conviveu com importantes intelectuais da época, o que a influenciou nas práticas pedagógicas, consolidando seu espírito crítico-solidário por intermédio de seu compromisso com as causas humanitárias.



3 Comentários
Que legal…!!
Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim
que puder… Boa sorte..!
sugere-se ao autor do artigo supra, continuar a escrever sobre Elza Freire.